quinta-feira, setembro 13, 2007

exposição 50 anos grupo RBS

...chegando ao Gasômetro...aliás antes disso, meu primeiro contato com a exposição foi pelo jornal do almoço. O jornal apresentou a reportagem da mostra com alguma atrações que pareciam interessante.

Voltando ao final da Bienal...minha visita ao cais do porto ficou para o fim da exposição e apesar de estar bem pertinho do gasômetro pensei 2 vezes antes de continuar. Felizmente segui em frente e entrei! Hummm! UAU! Foi o que pensei. A passagem da rua naquela tarde ensolarada de POA para aquele espaço escuro cheio de elementos visuais foi realmente surpreendente.

O que vi lá ou o que na verdade experimentei ou ainda melhor vivenciei foi show de bola! Não tinha a menor idéia do que seria esta mostra antes de dar o passo para dentro da mesma.

Posso dizer que foi uma das melhores experiências que tive. A organização, a tecnologia, a comunicação, a arte, a história, a modernidade, a pós modernidade, um pouco de tudo isso estava lá.

Foi muito bom. Parabéns a todos que participaram de alguma forma da realização do evento.

Aos que ainda não foram e poderão ir ao gasômetro sugiro que deixem o site para depois, assim não estragam a surpresa...

E para quem já foi ou não vai poder ir lá até o dia 18 sugiro acessar o site www.noar50anosdevida.com.br está muito coerente com a exposição e tem extras muito bons como o álbum que você pode montar da sua vida com fatos da história em áudio, vídeo, imagens e etc.

Boa visita!

quarta-feira, setembro 12, 2007

6ª Bienal do Mercosul


Una vez, cada vez, todas las veces, 2006/2007.
Massa de modelar. 300x900 cm. Madalena Atria


Aí está uma das obras desta Bienal. Um trabalho visualmente lindo da artista Madalena Atria, todo feito em massa de modelar. Um jogo de cores que vibra e oscila trazendo um diálogo com a pintura.

Existem muitos trabalhos nessa mostra que vale a pena visitar. Vale a experiência do visual, do tátil, da reflexão, do inusitado, do estranhamento e do inovador ou renovador.

O evento tem realmente melhorado a cada edição, desde sua organização até a sua excelente proposta de projeto pedagógico.

O MARGS recebe a mostra monográfica de Francisco Matto e Öyvind Fahlström, o Santander Cultural recebe a mostra monográfica de Jorge Macchi e o Cais do Porto recebe a mostra "conversas", "zona franca" e "três fronteiras

Todos os espaços, além dos guias para os visitantes que preferem uma visita orientada, possuem painéis pedagógicos com textos dos artistas falando de suas motivações criadoras e espaço para intervenção do espectador. E nós professores também contamos com material didático da exposição com apresentação dos trabalhos, uma pequena apresentação e propostas de exercícios para sala de aula.

Ao final da visita ainda recomendo estender a caminhada ao gasômetro para ver a surpreendente exposição dos 50 anos do Grupo RBS. Esta comento no post seguinte...

segunda-feira, setembro 10, 2007

Inauguração

Uma ótima citação para começar...





Notas para uma pedagogia visual bem-humorada


1. É natural que utilizemos obras de arte para o exercício de nossa desconfiança. Cultivar suspeitas pode nos salvar das verdades.

2. Não se deixe enganar por tentativas de explicação de obras de arte, na maioria dos casos elas são desmentidas pelas obras mesmas.

3. Não confie na autonomia “soberana” das obras de arte, pois elas dependem do desconhecido que as tornou possíveis.

4. Acredite nas dúvidas, especialmente naquelas sugeridas pelas obras: algumas delas são necessárias para a superação de nossas limitações.

5. Procure ver somente o necessário. A quantidade indiscriminada das coisas visíveis pode reduzir em muito a qualidade das experiências.

6. Não espere ver o que esperava ver antes de conhecer. Só as obras de arte de qualidade duvidosa atendem a esta expectativa.

7. Não confie em artistas que parecem querer chamar a atenção com artimanhas e “técnicas mirabolantes”. Estes bajuladores de público estão interessados apenas em mídia.

8. Se um objeto artístico não parece ser arte, não o discrimine automaticamente. Só falsificadores estão preocupados em fazer algo que se “parece com arte”. Artistas, por outro lado, fazem somente o que acreditam que deve ser feito.

9. Considere sobre tudo o “teor da evidencia” de um objeto. Por mais completa que uma obra de arte possa parecer, ela será sempre insuficiente em relação aquilo que desconhecemos. Se for uma obra prima superará até mesmo o desconhecido.

10. A espontaneidade não é um valor. É uma partida ou uma chegada. A simplicidade ou a complexidade ocorrerão apesar dela.

11. Não pergunte o que os artistas querem dizer com suas obras. Pergunte às obras. Ou encontre a satisfação nos riscos que estimulam sua curiosidade.

12. A transcendência e o sorriso são invenções humanas. Um outro lado do ar é a contribuição dos artistas.


Texto de Waltercio Caldas – Painel da estação pedagógica 6ª Bienal do Mercosul